ACIF em Revista - Edição 289 - Fevereiro - 21

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Ano 77 - Edição nº 289 Fevereiro de 2021




índice

16 Araguaia nasceu de uma fábrica de telhas e, aos 35

24 Aprenda a fazer banoffe, uma receita de chef

30 Morador da Vila Tótoli ganha carro 0 km pela

32 Família compra sítio para filho autista e ‘sem querer’

anos, parte para segunda unidade

campanha ‘Arte de Ganhar’

vira produtora de cafés especiais

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Câmara de Mediação e Arbitragem lança site para agilizar processos

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A Responsabilidade pela Disseminação das Fake News

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Live de vendas: conheça essa nova tendência do comércio online

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Empreender abre inscrições para novos membros

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Quer conhecer a Serra da Canastra de um jeito diferente?

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Demanda por crédito nos pequenos negócios dobra em 2020

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Normas Jurídicas e MPEs

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DNI-ACIF oferece certificado de origem para ajudar ‘pequenos’ a exportarem

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Pela primeira vez em série histórica, café ultrapassa calçados em exportações

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Impostômetro

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Não é saúde ou economia, é saúde e economia

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Novos Associados

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Arquitetura & Você

DIRETORIA ADMINISTRATIVA E CONSELHO DELIBERATIVO - BIÊNIO 2019/2021 Tarciso Bôtto, Presidente João Batista de Lima, 1º Vice-Presidente Ézio Luiz Pedrosa, 2º Vice-Presidente Fernando Rached Jorge, 3º Vice-Presidente Thalita Faleiros Coelho, 4ª Vice-Presidente José Alexandre Carmo Jorge, 1º Diretor Financeiro Alex Rodrigues Kobal, 2º Diretor Financeiro Lívia Gomes, 1ª Diretora Administrativa Mariana Zani, 2ª Diretora Administrativa Júlio César Cheade, Presidente do Conselho Deliberativo Marcelo Carraro Rocha, Superintendente

SEDE Horário de atendimento - das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira R. Monsenhor Rosa, 1940 Centro - Franca/SP Telefone - (16) 3711-1700

EQUIPE Jornalista responsável: Ana Luiza Silva | MTb 63.305/SP Redação: Ana Luiza Silva, Marco Felippe Colaboradores: Alexandre Xavier e Caio Augusto de Oliveira Rodrigues Fotos: Wilker Maia Diagramação / Arte / Projeto gráfico: Lucas Ribeiro Arte de Anúncios Institucionais: Andressa Alves Revisão de Anúncios: Michelly Ferreira Coordenação: Letusa Sartori A ACIF em Revista é uma publicação mensal da Associação do Comércio e Indústria de Franca Tiragem: distribuição online www.acifranca.com.br Fale conosco revista@acifranca.com.br (16) 3711-1739 Departamento Comercial ACIF (16) 3711-1721

EXPEDIENTE

As matérias publicadas nesta edição poderão ser reproduzidas, total ou parcialmente, desde que citada a fonte. As opiniões expressas em artigos assinados não coincidem necessariamente com a opinião da ACIF em Revista.


editorial

TARCISO BÔTTO PRESIDENTE

AVA N Ç O V I R T U A L

A

pandemia de Covid-19 provocou mudanças profundas em nossos hábitos de consumo acelerando uma transformação tecnológica que já era tendência no Brasil: o e-commerce. Entre o início da pandemia em março e o mês de setembro, o varejo eletrônico teve um aumento de 45% no volume de vendas, e o número de pedidos cresceu 110% na comparação com 2019. Os dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo foram divulgados pela Agência Brasil em dezembro do ano passado. Além dos já tradicionais marketplaces, as vendas online se desdobram em outros caminhos, tais como aplicativos de mensagens, redes sociais e, como trata nossa matéria de capa, as lives de vendas. A ferramenta tem sido abordada em cursos de e-commerce oferecidos pela ACIF e utilizada por marcas locais. O texto traz o olhar de empresários francanos que tiveram esta experiência e do sócio diretor de operações Latam da

www.acifranca.com.br

Corebiz, maior agência de e-commerce e soluções digitais da América Latina, Bruno Cury. A matéria é rica e eu recomendo a leitura para quem procura novas abordagens de vendas no espaço online. Ainda no campo das facilidades virtuais, a edição da ACIF em Revista deste mês traz uma grande novidade: o lançamento do site da Câmara de Mediação e Arbitragem. O serviço é oferecido pelo setor jurídico da ACIF e seu objetivo é dar maior praticidade e agilidade às resoluções de conflitos de forma extrajudicial, com validade legal e jurídica. Podem ser contempladas pelo serviço questões relativas a direitos que tenham valor econômico e que possam ser transacionados livremente pelas partes, tais como: problemas advindos de contratos em geral ou casos que envolvam responsabilidade civil. Os detalhes estão na página 6. Para além das pautas da revista, quero usar este espaço para fazer um apelo em favor do reforço dos protocolos sanitários não só no comércio, mas nos lares francanos. A ACIF, em parceria com a Prefei-

ACIF (@acifrancasp)

@acifranca

tura, vai reeditar suas campanhas de conscientização em uma força tarefa para melhorar os indicativos da saúde local. No momento em que escrevo, Franca possui a maior taxa de contaminação do Estado de São Paulo e luta pela abertura de leitos. A entidade, por meio de sua Federação, tem cobrado do Governo do Estado respaldo para a classe empreendedora que vem sendo duramente penalizada pelas restrições impostas e precisamos demonstrar que é possível operarmos de forma segura. Usem máscara, promovam a higienização constante de mãos e superfícies, mantenham o distanciamento social em locais públicos e, principalmente, não se aglomerem. No mais, lembro a vocês que todos os nossos serviços e setores estão disponíveis para auxiliá-los no que for necessário, desde a assessoria gratuita de busca pelo crédito à esclarecimentos jurídicos, suporte a vendas online, cursos de qualificação e, sobretudo, representatividade dos interesses da classe empreendedora. Estamos juntos. 16 9 9967-4003

ACIF Franca Fevereiro 2021

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Divulgação

institucional

Câmara de Mediação e Arbitragem lança site para agilizar processos Ferramenta já está disponível e pode ser utilizada por pessoas físicas e jurídicas

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solução de conflitos que poderiam se arrastar por vários anos na Justiça, está ainda mais fácil de ocorrer em Franca. Isso porque já está disponível, o site da Câmara de Mediação e Arbitragem, serviço oferecido pela ACIF, com o intuito de trazer maior praticidade e agilidade aos associados e demais pessoas físicas e jurídicas. “A ideia da criação do site é possibilitar que as pessoas e empresas possam solicitar e acessar os serviços da Câmara em qualquer lugar, de forma remota”, explica o advogado da ACIF, Fábio Genovez. Alternativa eficaz, econômica e rápida para resolução dos conflitos de forma extrajudicial, com validade legal e jurídica, a Câmara pode ser procurada de maneira online por qualquer pessoa física ou jurídica que tenha interesse em solucionar alguma pendência que envolva direito patrimonial disponível, ou seja, tudo aquilo que possa ser negociado. O site, que pode ser acessado no camafsp.com.br, foi desenvolvido por uma empresa especializada na realização de mediação/arbitragem online, que forne6 ACIF em Revista www.acifranca.com.br

ceu toda a estrutura digital necessária para o serviço. Nele, é possível realizar todo o procedimento, tanto de mediação, quanto de arbitragem, de forma online, sem complicação. “A navegação se dá através do acesso ao sistema, que fica no site. Basta descrever o caso no campo específico e acrescentar demais dados, que receberemos a solicitação online e daremos o andamento, com o comunicado da outra parte e demais atos até que seja marcada a sessão de mediação ou a reunião para início da arbitragem”, detalha Fábio. Segundo o advogado, a ferramenta inovadora deve trazer ainda mais agilidade às atividades da Câmara, já que por meio dela é possível validar documentos e até mesmo calcular o valor do procedimento. “O site já está disponível. Basta acessar o www.camafsp.com.br e dar início ao procedimento”. Para aqueles que não conhecem o serviço, o site ainda explica a diferença entre os métodos conciliação, mediação e arbitragem e traz as leis de arbitragem e mediação, o código de processo civil e o decreto de arbitragem portuária.



capa

live de vendas: conheça essa nova tendência do comércio online

Empresários de Franca contam da experiência com o formato e especialista oferece dicas para aqueles que desejam adotar a estratégia

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ive commerce. Esse termo mesmo que soe novo no Brasil, já é um velho conhecido no mundo. Na China, por exemplo, o live commerce é uma categoria de vendas online que já movimenta bilhões de dólares. Alguns vão dizer que a China é um ponto fora da curva, e seria muito distante usarmos o país como referência, porém no Brasil, uma somatória de fatores potencializou a mutação dessa forma de venda de produtos e serviços neste último ano. Segundo estudo da app Anime, o Brasil é o 3˚ país no mundo que mais se gasta tempo na navegação em smartphone, tempo esse, majoritariamente dividido em mensagens, ligações e principalmente redes sociais. Dentro desse universo, o Instagram, por exemplo, potencializou seu algoritmo responsável pela apresentação dos 8 ACIF em Revista www.acifranca.com.br

stories – buscando maior engajamento do público que consome esse tipo de mídia. A rede social ainda disponibilizou a funcionalidade do Instagram Reels, e também o Instagram Shop. “Se olharmos profundamente começamos a perceber que a própria mídia social esta se direcionando para ser uma constante Live Commerce, a partir do aumento de uso do celular, facilidade tecnológica de publicação e disponibilidade de produtos e serviços. Basicamente está havendo uma popularização, casada com a digitalização da antiga forma de venda que éramos acostumados a ver naqueles canais de venda integral de produtos, nos áureos tempos de venda do Ciro Bottini”, avalia o sócio diretor de operações Latam da Corebiz, maior agência de e-commerce e soluções digitais da América Latina, Bruno Cury.

Mas o que é Live Commerce?

Se traduzirmos ao “pé da letra”, é um e-commerce ao vivo, o que dentro do contexto real é basicamente a estratégia de unificar a apresentação do produto em “real time”(streaming ao vivo), com a possibilidade de compra através da internet a partir da apresentação, buscando uma relação mais próxima e engajada dos consumidores com a marca.

‘Fiz e deu certo’.

Em Franca, assim como em outros locais do Brasil, as lives commerce ou lives de vendas, como são mais popularmente conhecidas, também começaram a surgir como estratégia de vendas com a pandemia do Covid-19. Diversas empresas, de diferentes segmentos, aderiram ao formato e a ACIF em Revista convidou três empresários da cidade para falarem da experiência com esse novo modelo.


“A idealização foi da minha filha Lorena Salomão, de 18anos. Por ser sangue novo, ela fez o curso oferecido pela ACIF com o Bruno (Cury) – ‘Meu Primeiro E-commerce’ - e em 15 dias planejou tudo para a primeira live que aconteceu em setembro do ano passado. Ela mesmo delegou funções, arrumou narrador, organizou modelos e envolveu a família. A live foi um sucesso, ajudou a divulgar a loja e promoveu interação entre os clientes, além de conseguir resultado em vendas compatível a dois dias de loja física”, Aline Mirllan Araújo Salomão, da Salomão Country.

“A primeira vez que fiz uma live de vendas foi no início da pandemia. Alguns representantes me passaram uns cases de sucesso e aceitei o desafio. No dia, teve 300 participantes, mas não efetivou em vendas. Fui então buscar mais conhecimento sobre o assunto e no curso ‘Meu Primeiro E-commerce’, consegui um material que me ajudou muito. Descobri que precisava fazer no formato de uma loja online, com um ambiente preparado, fazendo a apresentação dos produtos e de maneira dinâmica. Assim, fizemos a segunda live, que teve 3 horas de duração durante a noite e o resultado foi fantástico. Movimentou as redes sociais e efetivou muitas vendas, principalmente no pós, quando os clientes foram até a loja retirar a mercadoria”, Keite Cintra Taveira, da Traje Mania.

“Na Frelith, a ideia partiu dos colaboradores e foi mais para promover o nosso bazar. Separamos 82 produtos do nosso estoque e o resultado foi muito bom. Em duas horas de evento, vendemos tudo. Nós intercalamos venda e informações sobre o produto, como concluir a compra e retirar o produto. Nos bastidores, uma pessoa ficou responsável por ir anotando o código do produto e a pessoa que teve interesse para enviar o link de pagamento. Valeu muito a pena ter feito, fizemos venda e tivemos crescimento no número de seguidores no Instagram. Com certeza, faremos outras ao longo deste ano”, Thalles Silva, da Frelith.

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Dicas para sua Live de Vendas, por Bruno Cury

Ofereça descontos exclusivos

Quer ter sucesso com essa estratégia? Um dos primeiros passos, independente do canal a ser usado, é oferecer descontos exclusivos para os espectadores da sua live. Use de forma favorável o anseio do mercado por esse tipo de mídia para fazer algo diferente fuja do mais do mesmo.

Selecione os produtos mais procurados e crie links com descontos para que sejam vendidos durante o tempo da transmissão (utilize os comentários para compartilhar). Oferecer descontos por tempo limitado ajuda a criar um senso de urgência e, assim, aumentar o potencial de conversão dos produtos.

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Use as redes sociais da sua marca

Não adianta fazer todo o planejamento da live, organização e estudo de descontos e produtos e ninguém estar ciente de quando, como e onde irá acontecer. Divulgar em todos os canais é tão importante quanto a sua live. Busque antecipar algumas ofertas

“iscas”, mostrar os bastidores do evento (sim considere como um evento), trabalhe com uma lista de “pré-convidados”, para a captação de e-mails, crie grupos VIP’s no Whatsapp, etc. Depois, é preparar o estúdio, escolher os produtos e começar a transmissão.

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Promova seus produtos em canais de influenciadores

Como o live commerce pode ser realizado sem grandes estruturas, é possível expandir o seu público ao realizar parcerias com influenciadores digitais. Escolha criadores de conteúdo com familiaridade com o público da sua marca para que eles realizem a transmissão em seus canais.

É possível, ainda, promover a transmissão em simultâneo nos canais da sua marca e do influencer escolhido. Faça o teste para avaliar o retorno. Caso seja positivo, expanda esse investimento para criadores de diferentes nichos e alcances.

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Crie estratégias de gamificação

Por fim, o formato de live streaming permite realizar interações diferenciadas com seu público. É possível, por exemplo, propor desafios em troca de descontos progressivos ou, mesmo, missões em

troca de benefícios como cashback, por exemplo. Use a sua imaginação para promover a melhor experiência possível - o objetivo aqui é engajar o publico e direcionar a estratégia para o que é mais aderente a ele.

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Uma última dica é “Faça”, o momento do live commerce é agora, e esse tipo de estratégia pode fazer total diferença para seu negócio.

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turismo

Quer conhecer a

de um jeito diferente?

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Tastur Viagens oferece pacote ‘Travessia da Canastra’ com 3 dias de duração

Divulgação

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ma paisagem única, com vegetação rasteira, vistas panorâmicas e muitas cachoeiras. Essa é a Serra da Canastra, localizada no sudoeste de Minas Gerais, entre os municípios de São Roque de Minas, Vargem Bonita, Delfinópolis, Sacramento, São João Batista do Glória e Capitólio. Se você ainda não a conhece ou deseja vê-la de um novo ângulo, a Tastur Viagens lançou no ano passado, o roteiro ‘Travessia da Canastra’. São três dias de imersão na serra, partindo de Delfinópolis até a cachoeira Casca d’ Anta, com um detalhe: o passeio é todo feito caminhando. O trekking, como é chamado o percurso, tem uma extensão de 53 quilômetros e inclui a pernoite em área de camping de pousadas e alimentação. “A travessia é oferecida pela Xtreme Adventure, uma parceira nossa e conta com acompanhamento de guias, carro de apoio e toda a segurança necessária para um passeio desse tipo”, disse o gerente comercial da Tastur, Daniel Monteiro. A expedição, que pode ser realizada em grupos fechados ou montados, acontece em datas programadas. Em 2020, foram duas edições (em outubro e novembro) e neste ano, a intenção é fechar uma turma para o segundo semestre. “Coincidentemente aproveitamos dois fins de semana com feriados, embora a programação seja pensada para sexta, sábado e domingo”, explicou. O roteiro tem início em Franca e segue em van para Delfinópolis, onde é oferecido um café da manhã. De lá, os participantes são levados até um local conhecido como Condomínio de Pedras. É desse ponto que começa a travessia pela Serra da Canastra. No primeiro dia, a caminhada tem como destino a conhecida Pousada da Vanda para o jantar e o pouso. No dia

seguinte, é servido o café da manhã e o grupo segue até outro ponto, novamente para o jantar e pouso. Já no terceiro e último dia, os aventureiros caminham até a cachoeira Casca d’Anta, famosa por ser a maior queda do Rio São Francisco, com 186 metros de altura. A chegada à cachoeira, dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra, finaliza a travessia. “Todo o trajeto é acompanhado por guias profissionais e cada participante segue no seu ritmo. O limite de cada um é respeitado, por isso contamos com carro de apoio”, diz Daniel, que participou de uma das edições. Além da caminhada pelas trilhas, a travessia proporciona a observação de animais silvestres e, conforme a época do ano e as condições climáticas, a visitação em poços e cachoeiras. No percurso, durante o dia, há duas paradas para um almoço e um lanche de trilha. Durante toda a caminhada também são ofertadas frutas e água. “Antes são feitas algumas reuniões com apresentação das orientações e de todos os detalhes do percurso”, adianta o gerente comercial da Tastur. Segundo Daniel, o objetivo do pacote é divulgar e incentivar o turismo regional. “Apesar de estarmos próximos, muitos francanos não conhecem a Serra da Canastra, inclusive estamos planejando oferecer outros pacotes. Mas não são somente os francanos, inclusive nas duas primeiras edições, recebemos muitos turistas de São Paulo e Campinas”. Para aqueles que animaram em desbravar a Serra da Canastra caminhando, o pacote é oferecido pelo valor de R$ 1119 por pessoa. Serviço Tastur Rua Afonso Pena, 1281, Cidade Nova Telefone: (16) 3712-4277 Fevereiro 2021

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artigo

Normas jurídicas e MPEs

Divulgação/Billion Photos

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onhecer as normas jurídicas relativas à atividade empresarial é fundamental para qualquer empreendedor. Há uma série de pontos que merecem atenção para se trabalhar de forma regularizada e evitar problemas. A primeira obrigação legal ao empreender é a formalização da empresa. São vários os tipos empresariais e cada um com suas características, principalmente no tocante ao capital aplicado e responsabilidade do empreendedor, por exemplo: Empresário Individual, Eireli, Sociedade Simples, Sociedade Empresária Limitada, entre outros. Escolher a espécie empresarial mais adequada nem sempre é fácil. Outra questão é a trabalhista. Há na CLT tipos de contrato de

trabalho adequados a diferentes necessidades empresariais, como contrato a tempo parcial, intermitente e por prazo determinado. O adequado planejamento reduz despesas e riscos de litígio na Justiça. O empreendedor precisa lembrar que a relação entre empresas e clientes é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). Algumas negociações B2B também se configuram relações de consumo. Portanto, é desejável conhecer o CDC. Marcas, patentes e direito autoral são tópicos que implicam cuidado. Proteger suas marcas, imagem, produtos e serviços é de suma importância. Mas nem tudo é registrável. Quanto ao direito autoral, a lei discrimina aquilo que é passível de

registro e o que não é. “Dados são o novo petróleo.” Provavelmente você já ouviu essa frase. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) está em vigor com efeitos para todos. Como se adequar a ela? A Constituição diz que as empresas de pequeno porte devem ter tratamento diferenciado, mas não define o que exatamente. Para isso, existe o Estatuto da Micro e Pequena Empresa que institui o sistema de tributação simplificada Simples Nacional. Além disso, determina vantagens no que se refere a fiscalizações, licitações, obrigações trabalhistas, entre outros. A lista não acaba aqui e é natural o empreendedor ter dúvidas. Por isso, pode contar com a equipe do Sebrae-SP para prestar consultoria jurídica gratuita, presencial ou virtualmente. ALE X ANDRE X AVIER Consultor jurídico do Sebrae-SP

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associado em destaque

Araguaia

nasceu de uma fábrica de telhas e, aos 35 anos, parte para segunda unidade Loja de materiais de construção está na segunda geração e é comandada por dois irmãos e um primo

MARCO FELIPPE

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ma fábrica de telhas que aos poucos começou a vender suas principais matérias primas areia e cimento – até se tornar uma loja de materiais de construção. Foi assim que surgiu em 1986, o Araguaia Materiais para Construção 16 ACIF em Revista www.acifranca.com.br

através dos irmãos Carlos Garcia Andrade e Teodomiro Cintra. Na época, a produção das telhas acontecia em um pátio na rua Carlos de Vilhena, na Vila Formosa, e como o estoque dos produtos utilizados ficava visível, começou a despertar a atenção dos clientes. “Logo, meu pai e meu tio pas-

saram a ter pedidos e enxergaram na venda de material básico um negócio”, conta Maycon Cintra Andrade, que hoje administra a empresa ao lado do irmão Ricardo Cintra de Andrade e do primo, Flávio Henrique Cintra. Como aquele tipo de venda não era o foco, os irmãos começaram a ter problemas em rela-


Flávio Cintra

Maycon Cintra Andrade

Ricardo Cintra de Andrade

Fotos: Wilker Maia

ção ao transporte das mercadorias. A solução encontrada partiu de um funcionário, que tinha um cavalo e sugeriu fazer as entregas de carroça. Três anos mais tarde, com uma clientela maior, os fundadores do Araguaia tiveram a ideia de construir um pequeno cômodo (apenas 9 metros quadrados) na

frente do depósito e ali começar a receber os pedidos e vender outros materiais. “Eles montaram a loja na frente da fábrica e passaram a anotar todos os produtos que os clientes pediam e não tinham. Como bons empreendedores, diziam que não tinha naquele dia, mas podiam retornar depois que iriam providenciar”, diz Ricardo.

Em 1993, já com a fabricação de telhas encerrada, surge oficialmente a marca Araguaia em homenagem ao rio Araguaia e a ligação da família com Goiás, estado onde nasce o rio. No mesmo ano, também tem início as obras da nova loja, localizada até hoje no mesmo endereço, no cruzamento da Carlos de Vilhena com a Rua Afonso Pena. Fevereiro 2021

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Com apenas 4 funcionários, incluindo os fundadores e ainda utilizando o transporte por meio de tração animal, hoje a Araguaia Materiais para Construção conta com 20 colaboradores e uma frota própria com oito caminhões. Segundo Flávio, atualmente o mix de produtos ultrapassa os 15 mil itens, mas o forte continua sendo o material básico. “Estamos agregando o acabamento e trabalhando com o e-commerce, com o sistema todo integrado. Temos inclusive a intenção de ter um aplicativo para que os clientes possam fazer as compras e acompanhar a saída do produto”. Desde 2013, o trio assumiu os negócios, reformulou todo o setor administrativo e trouxe novas ideias. Como resultado, a empresa alcançou o dobro do faturamento. As mudanças e o perfil empreendedor que continuou presente na nova geração, chamaram a atenção do mercado e o Araguaia começou a se tornar case de sucesso em gestão e inovação. Em 2014, de maneira inovadora, a loja passou a indicar prestadores de serviços para os clientes. A estratégia deu certo, resultou em aumento de vendas e foi destaque pelo Sebrae. “Começamos a indicar mão de obra pelo site. Havia uma lista de encanadores, pedreiros, eletricistas e isso ajudou a trazer um fluxo para o site”, disse Maycon. Hoje, o serviço não existe mais, mas a empresa mantém o site ativo, agora com vendas online. “Sempre estamos em busca de inovações e conhecimento. Participamos do Empreender Competitivo da ACIF e desde 2018, fazemos parte da rede Construlider com 33 lojas associadas, o que nos torna mais competitivos e com maior poder de compra”.

Nova Loja

A Araguaia Materiais para Construção é uma empresa familiar e empreender sempre esteve no DNA de seus diretores, seja na 18 ACIF em Revista www.acifranca.com.br

primeira ou na segunda geração. “A vontade de crescer é permanente, queremos gerar emprego e como a família cresceu, a receita também precisa crescer”, brincou Ricardo. Como o desejo de expandir a empresa constantemente existiu, no ano passado, em meio a pandemia de Covid-19, surgiu a oportunidade da aquisição de uma loja de materiais de construção já existente em Franca. O negócio foi concretizado há dois meses e a unidade, na Avenida Adhemar de

Barros (na saída para Ibiraci-MG), já funciona sob o comando da família Araguaia. “A ideia era montar uma loja na região, chegamos inclusive visitar as cidades vizinhas, mas depois surgiu essa oportunidade e nós resolvemos aproveitar. A loja ainda está com o antigo nome, mas em breve iremos fazer a inauguração com a nova fachada e o nome Araguaia”, revelou Flávio, que também não descartou o projeto de avançar para a região futuramente.



negócios

De acordo com o Departamento de Negócios Internacionais da ACIF, efeitos da pandemia, investimentos e alta safra contribuíram para o resultado

U

m levantamento do IE-ACIF (Instituto de Economia da Associação do Comércio e Indústria de Franca) e do DNI-ACIF (Departamento de Negócios Internacionais da ACIF) mostrou que, pela primeira vez na série histórica do Ministério da Economia, iniciada em 1997, o calçado não foi o produto mais exportado pela cidade de Franca. Em 2020, o ranking de exportações locais foi liderado pelo café, sendo Itália e Alemanha os principais consumidores externos da bebida local. De acordo com a coordenadora do DNI-ACIF Suyara Águila, os efeitos negativos da pandemia para os Bens de Consumo, os positivos para Alimentos e Bebidas bem como a alta safra do café em 2020 e estratégias locais influenciaram a Balança Comercial da cidade, o que levou ao fato inédito. “Grandes players de café da cidade mudaram suas estratégias de comercialização concentrando em Franca os faturamentos para exportação que eram enviados a tradings de outras cidades”, afirma Águila. “Também é preciso considerar que 2020 foi um ano de safra alta, gerando maior oferta ao mercado, bem acima da vista em 2019. A pandemia, por sua vez, afetou o desempenho dos Bens de Consumo, onde o calçado está inserido. O Brasil, de modo geral, nunca exportou tão pouco calçado. A pandemia afetou o comércio físico no mundo todo e isso deve ser considerado. Por outro lado, Alimentos e Bebidas, onde se insere o café, apresentou grande crescimento. As pessoas, em casa, passaram a consumir mais destes 20 ACIF em Revista www.acifranca.com.br


itens”, diz a coordenadora, que ainda pondera. “Se não houvesse o fator pandemia, teríamos, sim, um aumento nas exportações de café em razão das mudanças em estratégias de mercado e da alta safra, mas não teria sido suficiente para superar o calçado se este não tivesse sofrido queda em seu setor.” De acordo a Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados), o ano de 2020 foi difícil para o setor calçadista brasileiro, que pode ter perdido 21,8% da sua produção em 2020, retornando a patamares de 16 anos atrás (dado oficial do IBGE será divulgado até o fim deste mês). Na exportação, a queda foi de 18,6%, pior número desde 1983. Em 2021, a estimativa é de incremento tanto em produção (+14,1%) quanto em exportação de calçados (+14,9%) brasileiros. Enquanto isso, o café brasileiro bateu recorde de safra, chegando a 63 milhões de sacas. Os dados são da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e leva em consideração sua série histórica iniciada em 2001, ano em que a safra correspondeu a 31,3 milhões de sacas. Para o diretor secretário da Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas), Saulo de Carvalho Faleiros, o crescimento nas exportações de café está atrelado a um conjunto de fatores. “A nossa região é produtora de grande parte do café que é exportado e entre 2016 e 2017 fizemos mudanças estratégicas de acesso ao mercado externo que agora estão dando resultado, além disso, o câmbio favoreceu a decisão de venda, o que aumentou o volume de negócios em uma safra que já foi alta”. Faleiros ressaltou ainda na última década a produtividade de café na área de abrangência da cooperativa – a Cocapec responde por 15 municípios - cresceu 40%, enquanto que a área de produção aumentou mais de 50% no período. “É uma atividade que cresceu muito e a cooperativa ajuda na inclusão do pequeno e médio produtor. A expectativa é que as exportações devam se manter em alta, pois há capacidade de investimentos e expansão, está tendo muita sucessão familiar e melhora da gestão”.

Balança Comercial de Franca

Em 2020, a cidade de Franca exportou US$ 118 milhões, variação 13,5% menor em relação ao ano anterior, mas com superávit de US$ 104 milhões. Apesar da queda das exportações observadas no ano passado, a participação da cidade nas exportações do estado se manteve em 0,3%, o que indica uma queda geral em São Paulo como um todo. O café representou 52% das exportações de Franca, em 2020, chegando a US$ 61,8 milhões. Seu crescimento foi de 45,5% em relação ao ano anterior. Se comparados os resultados de 2018 e 2019, o crescimento chega a 1.219%. Já o calçado correspondeu 29% das exportações de Franca, em 2020, chegando a US$ 35,2 milhões. Em relação a 2019, a queda foi de 49,2%. Os principais países importadores dos produtos locais são os Estados Unidos, que representa 21% das exportações totais da cidade, seguido por Itália (16%) e Alemanha (10%). Fevereiro 2021

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artigo

Divulgação/Blue Planet Studio

Não é saúde ou economia, é saúde e economia

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evereiro de 2021 é quando completamos um ano com a pandemia do coronavírus no Brasil. Parece que vivíamos em outro país antes. Você se lembra como era poder ir a qualquer lugar e não precisar de uma máscara? Ou quando grandes eventos aconteciam sem problemas e preocupações. Uma simples ida ao shopping não oferecia perigo. De lá pra cá já ouvimos e lemos muitas informações sobre como a pandemia nos afetou. Nas atividades externas, na educação, no trabalho. E um aspecto costuma ser tratado com menos atenção do que deveria. Chamemos tal aspecto de “como o combate a pandemia prejudica a economia”. Em 1918 o mundo viveu uma pandemia análoga. A gripe espanhola, que deixou entre 50 e 100 milhões de mortos mundo afora, tinha um contágio parecido com o que vemos agora. Um estudo, de nome Pandemics Depress the Economy, Public Health Interventions Do Not: Evidence from the 1918 Flu, apontou que cidades dos EUA que tomaram cuidado com aquela pandemia saíram mais

rápida e sustentavelmente da crise econômica que ocorreu. Nos tempos atuais é possível fazer um paralelo. Não tendo medicamentos cientificamente comprovados que zerem os efeitos e com as vacinas em um cenário ainda incerto (e também infelizmente politizado), não vai ser difícil verificar que a única solução a ser apontada pelo poder público quando os hospitais lotarem e as mortes se acumularem será a de fechar regiões novamente. A situação que temos atualmente é a de um avanço extraordinário da ciência, que já nos entregou em disponibilidade algumas vacinas. Diversos países do mundo estão em vacinação e, se quando este artigo for publicado ainda não estivermos, provavelmente não deverá demorar muito para começar a ocorrer. Porém, tal qual afirmou Marco Krieger, Vice-Presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), esse desafio se assemelhará mais a uma maratona do que a uma competição de 100 metros rasos. Em outras palavras: os cuidados devem seguir sendo tomados, porque não será uma questão rápida de equalizar.

Curiosamente, o não levar a sério da pandemia por aqui terá impactos severos, no fim das contas, sobre a economia. Esse abre e fecha de comércios e empresas não sairá de graça e, é bom frisar, será necessário enquanto não equalizarmos a situação - e essa equalização muito provavelmente acontece via vacinação. Por um lado podemos imaginar que hábitos saudáveis como ir de máscara para o trabalho se estiver doente mas não puder faltar e evitar aglomerações que não tenham necessidade podem ter vindo para ficar. Por outro, é preciso que nos lembremos que tais hábitos positivos que podem virar boas práticas amanhã precisam desde já ser tomados agora para evitar que a situação se agrave. Toda vez que você ver em algum lugar que são as medidas de combate a pandemia que estão arrastando a economia, lembre-se dos efeitos que verificamos, com um ano dela entre nós, de não termos levado a sério. Cuidem-se. Ainda não acabou e os próximos tempos serão estratégicos. Para a saúde e também para a economia.

CAIO AUGUSTO DE OLIVEIR A RODRIGUES Editor do site Terraço Econômico e gestor financeiro 22 ACIF em Revista www.acifranca.com.br



gastronomia

Aprenda a fazer

uma receita de chef

24 ACIF em Revista www.acifranca.com.br


Sobremesa com banana e caramelo foi preparada pelo IGA (Instituto Gastronômico das Américas)

B

ancadas, panelas, dezenas de utensílios de cozinha, fogão industrial e o respaldo de dois chefs de cozinha. Esse foi o cenário da gastronomia de fevereiro da ACIF em Revista, que traz a receita e o modo de fazer de uma banoffe, uma torta de banana com caramelo e chantili, com base de biscoito. A sobremesa é de fácil preparação e você então deve se perguntar, por que de todo o aparato? A resposta é simples: ela foi oferecida e preparada pelo IGA (Instituto Gastronômico das Américas. Trata-se de uma escola de gastronomia localizada na Avenida Major Nicácio, na Santa Cruz, que oferece dois cursos principais – gastronomia e confeitaria, além de workshops temáticos. Há opções de aulas matutinas, vespertinas ou noturnas. “Somos uma franquia com origem na Argentina, com 20 anos de história, sendo 10 no Brasil. Estamos presente em cinco países e em novembro de 2019, inauguramos a escola em Franca”, disse a coordenadora do

IGA, Daniela Schiavottiello. Para elaborar a banoffe, Daniela convidou o chef e docente da unidade, Talles Nogueira, que contou com o apoio da também chef e docente, Sanicler Campos. Preparada em um intervalo de 1h15 aproximadamente, a receita é feita com massa sucrée (suave e arenosa), utiliza chantili fresco e caramelo, mas o mesmo pode ser substituído pelo doce de leite. Outra dica é em relação as bananas. Dê preferência para as nanicas ou prata, devido terem um sabor mais suave. “Essa é uma torta de origem inglesa, que se adaptou fácil ao Brasil por causa da banana e do doce de leite”, resumiu Daniela. Sobre o nome banoffe, ele surgiu da união do nome dos seus principais ingredientes, banana e toffee (caramelo) e se tornou popular e passou a definir qualquer alimento ou produto que tenha o sabor ou o aroma de banana com caramelo. Rendimento: 8 fatias

Sanicler Campos e Thalles Nogueira, chefs e docentes do IGA

Fotos: Wilker Maia

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massa

caramelo toffee

calda de caramelo

chantili

Ingredientes

Ingredientes

Ingredientes

Ingredientes

- 350 gramas de farinha de trigo - 120 gramas de açúcar refinado - 150 gramas de manteiga - 1 ovo - 40 gramas de nozes

Modo de preparo

Faça uma farofa com farinha, açúcar, nozes trituradas e a manteiga em cubos, misturando com as pontas dos dedos. Adicione o ovo batido levemente aos poucos até formar uma massa lisa; disponha na assadeira de fundo removível (35cm de diâmetro) e asse por 15 a 20 minutos no forno pré aquecido a 170°C, com peso em cima para não subir da forma (feijões ou bolinhas de cerâmica). Retire do forno e deixe esfriar.

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- 100 gramas de açúcar refinado - 20 gramas de manteiga gelada - 395 gramas de leite condensado - 4 gramas de café solúvel - 15 ml de água

Modo de preparo

Leve ao fogo a manteiga e o açúcar, cozinhe até atingir a cor desejada (caramelo forte) e então adicione o leite condensado, sempre mexendo bem, e cozinhe por 2 minutos. Adicione o café dissolvido em água e cozinhe por mais 2 minutos; então retire da panela, coloque em um prato e deixe esfriar por completo.

- 100 gramas de açúcar refinado - 200 ml de creme de leite fresco - 80 ml de água - 1 pitada de sal ou flor de sal

Modo de preparo

Leve o açúcar e a água ao fogo até que caramelize, adicione o creme de leite fresco aos poucos e cozinhe por 2 minutos, mexendo sempre; retire do fogo, transfira para um prato e deixe esfriar.

Montagem

- 300 ml de creme de leite fresco - 100 gramas de açúcar refinado

Modo de preparo

Bata o creme de leite fresco bem gelado com o açúcar na batedeira ou com um fuet até o ponto de picos firmes, e conserve gelado até a hora da montagem.

Coloque sobre a massa base assada e fria as camadas da torta: uma de caramelo toffee, uma das bananas fatiadas pela metade no sentido do comprimento e a final com o chantili; sobre esta montagem, faça desenhos usando a calda de caramelo disposta numa colher ou num saco de confeiteiro pequeno. Sirva gelada.


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Arquitetura Você Acessibilidade no comércio é investimento

D

e acordo com o último censo do IBGE, existem no Brasil mais de 52 milhões de pessoas com deficiência, ou seja, 24% da população brasileira. A maior parte é economicamente ativa, independente, consome e contribui para movimentar a economia. Contudo, é necessária a atenção do lojista a esse público específico, no sentido do comércio varejista executar as adaptações para melhorar a acessibilidade e mobilidade nos estabelecimentos. Para os empresários, a adaptação de todo o comércio pode ser uma oportunidade para conquistar clientes em potencial. Entretanto, várias lojas ainda não são adaptadas aos deficientes, e apresentam dificuldades de aces-

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sibilidade já em sua entrada. Sem alternativa, esses clientes optam por estabelecimentos preparados para recebê-los, que oferecem as facilidades de que eles precisam, em razão de já terem percebido a importância estratégica desse público para o comércio. A partir desta colocação vamos entender o que é acessibilidade. Primeira acessibilidade não é opção e sim obrigação, respaldada por leis e normas. Não posso deixar de dizer que para fazer a análise, consultoria e projeto de acessibilidade tem que ser um profissional como engenheiro civil, arquiteto ou designer de interiores.

O que é acessibilidade?

“Acessibilidade consiste na

possibilidade de acesso a um lugar ou conjunto de lugares. Significa não apenas permitir que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida participem de atividades que incluem o uso de produtos, serviços e informação, mas a inclusão e extensão do uso destes por todas as parcelas presentes em uma determinada população, visando sua adaptação e locomoção, eliminando as barreiras, consiste também em ter acesso a todo e qualquer material produzido, em áudio ou vídeo, para tanto adaptando todos os meios que a tecnologia permite (Fonte: NBR9050/20)“. Para a execução da acessibilidade estamos respaldados por diversas leis federais, decreto-lei, resolução e normas. A partir des-


Foto base: s-ts/Divulgação

tes entendimentos todo projeto de acessibilidade tem que partir dos 03 pilares da acessibilidade que são: autonomia, conforto (baixo esforço físico) e segurança (evitar acidentes). O objetivo é que o usuário do espaço, que tenha algum tipo de deficiência, tenha total autonomia para ir e vir. Porém, ao fazer as adaptações sempre existe uma dúvida do proprietário do espaço e do profissional em relação a quantos itens precisarão ser mudados na edificação. Para um melhor entendimento dos proprietários e profissionais da área, fiz um roteiro básico do que tem que ser avaliado a princípio para tornar o espaço acessível corretamente. Entre os itens a serem avaliados em acessibilidade

para o ponto de vendas estão: circulação externa, vagas acessíveis, rampa, escada, corrimãos e guarda corpos, equipamentos eletrodinâmicos de circulação, circulação interna, banheiros adaptados, box do provador adaptado, mobiliário adaptado, piso tátil, materiais e revestimento e paisagismo. Entendendo as normas o profissional responsável pelo projeto terá todas as condições, após a avaliação do espaço, para fazer o projeto e informar ao seu cliente o que deve ser feito e como deverá ser executado. Como citei anteriormente “ACESSIBILIDADE NÃO E OPÇÃO E SIM OBRIGAÇÃO “. Lojistas no caso de dúvidas peça a um profissional engenheiro civil, arquiteto ou designer de inte-

riores uma consultoria sobre adaptação do espaço acessível, eles têm condições de informar o que está adequado e o que precisa ser adaptado de acordo com as normas vigentes.

Vicente Raymundini Neto Arquiteto e Designer de Interiores, professor do curso de Designer de Interiores do SENAC/ Franca CAU 0108.01440

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institucional

Morador da Vila Tótoli ganha carro 0 km pela campanha

‘Arte de Ganhar’

Ação envolveu as principais datas do calendário comercial e sorteio contou com 300 mil cupons

A

ACIF encerrou no dia 22 de janeiro, sua campanha de incentivo ao comércio “Arte de Ganhar” com o sorteio de um Hyundai HB20 zero-quilômetro. A extração teve transmissão ao vivo pelas redes sociais da entidade e o ganhador foi Matheus Rodrigues Aguillar Gera, 27 anos, morador na Vila Tótoli e cliente da rede Varejão Irmãos Patrocínio. A compra foi realizada na unidade 8 da rede, localizada na Avenida Dom Pedro I. “Fiquei muito feliz com a notícia. Trabalho como garçom freelancer e estou há 4 anos sem registro em carteira, desde que tive um problema de saúde. Vou aproveitar essa oportunidade, vender o carro e investir em uma casa própria para mim e meu pai”, disse emocionado. “Eu não sou de preencher cupons, mas, dessa vez, eu preenchi, orei a Deus, ‘beijei’ e pus na urna”, conta. O carro sorteado é um HB 20 zero quilômetro, branco, quatro portas, flex, direção elétrica, ar condicionado, vidros dianteiros e travas elétricos, banco do motorista com regulagem de altura, computador de bordo e rádio com conexão Bluetooth e comandos no volante. O veículo está avaliado em R$ 50 mil. A empresa e o vendedor responsáveis pela venda premiada também receberão prêmios de R$ 2,5 mil, cada. “A campanha costuma trazer visibilidade e incentivar a movimentação nas lojas. Já participamos há uns 30 ACIF em Revista www.acifranca.com.br

5 anos e estamos satisfeitos em ter um de nossos clientes premiados”, afirma Pedro Patrocínio, sócio proprietário e também um dos diretores da rede. A campanha “Arte de Ganhar” foi lançada em abril e se dividiu em três etapas – “Mães e Namorados”, “Pais e Crianças” e “Natal” - fomentando o calendário comercial durante todo o ano de 2020. Além do sorteio do carro, a campanha distribuiu 3 mil kits de copos colecionáveis ilustrados com pontos turísticos de Franca (Colégio Champagnat, Relógio do Sol, Estação Mogiana, Parque “Fernando Costa”, Observatório de Astronomia, Estádio “Lanchão”, Museu Histórico, Café, Catedral, Terra do Calçado, Careta, Capital do Basquete), conforme o estabelecido em seu regulamento devidamente aprovado pelo órgão de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria da Secretaria Especial de Fazenda. Cupons com prêmios instantâneos de R$ 50 também foram distribuídas pelo comércio, incentivando o consumo local. Para o presidente da ACIF, Tarciso Bôtto, a ação alcançou um resultado positivo. “A campanha foi dividida em três etapas fomentando todo o calendário comercial de 2020. Tivemos 600 empresas participantes e 300 mil cupons no sorteio de hoje. Em um ano tão restritivo quanto o último, ações de fomento como a campanha ACIF são muito necessárias”, afirmou.

Wilker Maia


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cafĂŠ

A mĂŁe Ana Paula, os filhos Artur e Fernanda Leite e Bianca Oliveira Andrade

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Família compra sítio para filho autista e ‘sem querer’ vira produtora de cafés especiais Café Terra Molhada surgiu em 2019 e tem parte da renda destinada para a causa do autismo MARCO FELIPPE

‘U

m lugarzinho no meio do nada, com cheiro de terra molhada’. Foi assim que Ana Paula Santos Leite definiu para o marido, David Leite, o Sítio da Porteira, em Ibiraci (MG), na primeira vez que esteve no local. Apesar de descuidada e cheia de ferro velho, a propriedade tinha uma casa cercada e por ser afastada da cidade, era o lugar ideal para passarem os finais de semana com o filho Artur, portador de autismo grave. Do ramo contábil, moradores em Franca,

Ana e David decidiram comprar o sítio em 2013 e logo de início resolveram plantar alguns pés de café, de modo despretensioso. Como não tinham conhecimento com a terra, procuraram ajuda técnica, fizeram análise do solo e seguiram à risca o tratamento recomendado. Na colheita da primeira safra, que ocorreu após cinco anos, a surpresa: o café ali produzido era especial e havia alcançado a excelente nota de 87 pontos (de acordo com a SCAA – Associação Americana de Cafés Especiais, qualquer café que pontue de 80 pontos para cima pode ser considerado especial). Fevereiro 2021

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Fotos: Wilker Maia

“Ficamos surpresos, pois não conhecíamos nada sobre cafés especiais. Fizemos o plantio com poucas orientações e inclusive, na primeira vez que plantamos perdemos todo o cafezal em uma geada”, relembra Ana. Informados sobre o potencial do café que conseguiram colher, a família foi buscar mais conhecimento sobre o novo mercado. A filha mais velha do casal, Fernanda Santos Leite, 20, também se interessou pela área, fez um curso de barista e ajudou os pais a criarem a marca Café Terra Molhada e iniciar a comercialização. “Ficamos um tempo para pensar no nome e decidimos por Terra Molhada ao lembrar das primeiras impressões que a minha mãe teve daqui”, disse Fernanda. Hoje o café é comercializado em cafeterias e pelo e-commerce em pacotes de 250 gramas e 1 quilo, nas versões grão e moído. A propriedade também faz a venda de sacas de grão verde. “Vendemos para Franca, Ribeirão Preto,

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São Paulo, Goiânia e temos uma revenda no Rio de Janeiro”, ressaltou Bianca Oliveira Andrade, 26, responsável pela área comercial do Terra Molhada. Atenta aos pedidos dos clientes, a família ainda lançou um café gourmet com a torra mais escura. Localizado em uma altitude de 1,1 mil metros, o sítio de 10 hectares tem atualmente 60% da área com café. São 12 mil pés em produção e outros 13 mil em formação. A safra colhida no ano passado resultou em quase 100 sacas. “A nossa produção é pequena e toda manual, incluindo o plantio e a colheita. O nosso caseiro que fica responsável pelos cuidados e agora que começamos os investimentos. Construímos um terreiro de chão e outro suspenso e estamos com um projeto de irrigação”, revelou Ana. “A altitude, o clima, a terra. São fatores que colaboram para a qualidade do café. Brinco que tudo na nossa família é especial, o lugar, o café, o filho”.

Café Social

“Foi pelo Artur que viemos para cá. Ele ajudou a resgatar o sonho do meu marido de ter um pedaço de terra e o meu de ser professora. Sou professora de educação inclusiva e dou aula para o meu filho na escola”, diz Ana sobre a importância da propriedade para a família. “Nosso propósito inicial era só o lugar”. Como forma de agradecimento, eles destinam parte da renda obtida com a venda do café Terra Molhada para a APAAF (Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Franca) e sonham em transformar o sítio em uma unidade rural da associação. “Temos um projeto de cuidar dessas crianças aqui. Queremos que no futuro, o café ganhe mais mercado e com isso possamos firmar essa parceria com a APAAF. Sonho em ver essas crianças aprendendo, podendo ser inseridas na rede do café”.



momento jurídico

Divulgação/r.classen

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A Responsabilidade pela Disseminação das

FAKE NEWS

O

lá leitores e leitoras! O tema da nossa conversa mensal é importante e atual: a responsabilidade pelas postagens nas redes sociais que divulgam notícias falsas ou fatos distorcidos, o que, de uns tempos pra cá, chamamos também de fake news, termo importado da língua inglesa. A internet é um meio de comunicação cada vez mais acessível e muito útil às pessoas, tanto nas atividades pessoais quanto profissionais, ainda mais em tempos de pandemia e aumento exponencial do teletrabalho ou home office. E, com toda essa facilidade, as redes sociais cresceram, evoluíram e se tornaram a casa virtual dos debates políticos e socias. Mas, junto com tudo isso e a benéfica janela democrática, vieram as fake news, que as pessoas, por má-fé ou, na esmagadora de vezes, por desconhecimento sobre o tema, acabam por disseminar. E assim se forma a corrente: recebi de um amigo, que recebeu de outro amigo, que recebeu da esposa, e assim vamos repassando conteúdo que desinforma, que prejudica, ofende ou algo assim. Em tempos eleitorais isso se acentua. Tanto é assim que o TSE, na eleição de 2020, criou canais

de comunicação para a denúncia de fake News. Outros sites, como o G1, do Grupo Globo, prestam o serviço gratuito de checagens de postagens recorrentes (https://g1.globo.com/fato-ou-fake/). Nessa linha, o WhatsApp desenvolveu o recurso “Pesquisar na internet” e criou um botão com ícone de lupa para que os usuários possam pesquisar diretamente se o conteúdo da mensagem pode estar relacionado com algum tipo de notícia falsa. Quanto a tudo isso, a dica de ouro é: confira e cheque antes de repassar ou mesmo criar alguma postagem. Pesquise antes, leia, mesmo que rapidamente sobre o tema em outros sites confiáveis e, na dúvida, não poste (ou reposte). Todo dia nos deparamos com notícias falsas, com teorias conspiratórias, ofensas, distorções e, por consequência, desinformação às pessoas. Não colabore com isso! É ruim para as pessoas e para as instituições, sejam quais forem. Um estudo, assinado por Andrew Guess, da Universidade Princeton, e Jonathan Nagler e Joshua Tucker, da Universidade de Nova York (NYU), ambas nos EUA, que foi publicado pela revista científica Science Advances em 2019, apontou que pes-

soas com mais de 65 anos são mais propensas a divulgar na internet notícias falsas. Assim, vale o alerta àqueles que estão na faixa etária destacada, para que tenham mais atenção e cuidado e aos mais jovens próximos (mais habituados ao mundo virtual), que orientem e expliquem as funcionalidades da internet e as formas de checagem. Por fim, vale mencionar que as consequências podem ser graves, não só quanto a desinformação de terceiros, mas há vários entendimentos que, os atos relacionados à criação, à divulgação e à transmissão de fake news podem ser enquadrados em alguns artigos do Código Penal e um do Código Eleitoral, com penas que podem culminar na aplicação de multas, na perda dos direitos políticos e até na prisão, sem prejuízo de eventual indenização aos ofendidos. Seja consciente, não compartilhe notícias falsas! No mais, para o esclarecimento de dúvidas jurídicas, além de sugestões, o departamento jurídico da ACIF está sempre à disposição dos seus associados, seja presencialmente, via telefone (3711-1724), e-mail (jurídico@acifranca.com.br) ou whatsapp (16-99722-7027). Até a próxima!

FÁBIO GENOVEZ

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empreender

Empreender abre inscrições para novos membros CME-ACIF é um dos núcleos que está aberto para novas adesões

C

om o objetivo de unir pequenas empresas para seu desenvolvimento mútuo e comum, o Programa Empreender, desenvolvido pela FACESP e pelo Sebrae, com o apoio da ACIF, está com inscrições abertas para novos membros. O Empreender apoia e incentiva a competitividade das micro e pequenas empresas e promove a cultura do trabalho em grupo (núcleos setoriais). Os núcleos setoriais são grupos de empresários de um mesmo segmento que se reúnem periodicamente, com o apoio de um consultor, cujo papel principal é o de moderar as reuniões, e discutem problemas comuns e buscam soluções conjuntas. Um dos núcleos que está recebendo novas adesões é o CME (Conselho da Mulher Empreendedora), formado empresárias associadas à entidade, que se reúne quinzenalmente com o objetivo de discutir e analisar as realidades da Mulher Empreendedora na cidade de Franca. “Nós somos um núcleo multissetorial, ou seja, existem participantes de vários setores e o que nos une é sermos mulheres empresárias. Temos por objetivo promover o empreendedorismo feminino em Franca e região”, resume a empresária, diretora da ACIF e coordenadora geral do CME, Lívia Gomes. Através de palestras, debates e conversas acerca de cenários econômicos, o grupo busca incentivar o crescimento conjunto das integrantes, visando à capacitação e o aperfeiçoamento contínuo da mulher empreendedora. “O Empreender é um programa da ACIF que me encanta, pois promove a união entre os empresários dos mesmos ramos ou com algo em comum, pois temos a oportunidade de compartilhar problemas, experiências e soluções. Existem casos até mesmo de compras coletivas, o que permite uma melhor competitividade de preço no mercado”, revelou Lívia. Atualmente há 17 núcleos em funcionamento e caso haja interesse, existe a possibilidade da criação de novos grupos. Mais informações podem ser obtidas nos telefones (16) 3711-1797 ou 3711-1765. 38 ACIF em Revista www.acifranca.com.br

notas do empreender

Empreender Social promove encontro virtual sobre ‘governança’ O Empreender Social, núcleo do Programa Empreender da ACIF, que reúne Organizações da Sociedade Civil em torno de projetos e ações em prol do desenvolvimento das entidades, promoveu no dia 21 de janeiro, um encontro virtual com tema ‘Governança’. Na oportunidade, o superintendente da ACIF, Marcelo Carraro Rocha, participou do bate papo e discorreu sobre as melhores práticas de governança aplicadas nas entidades. “Falamos de temas importantes como a elaboração de um estatuto eficiente, bem como sobre como produzir uma estrutura competente para a perenidade da entidade”, disse Rocha. A participação no encontro foi aberta para todas as entidades de Franca e região.

Núcleo de Escolas de Música inicia atividades Depois da articulação realizada em novembro do ano passado, o Empreender deu início às atividades do núcleo de Escolas de Música de Franca. Segundo o gestor do Empreender, Fabiano Freiria, são sete escolas da cidade – Musicart, Si-toque, IMTW, Emcordas, Vivarte, World Music e Guido Arezzo – que se uniram com o propósito de promover ações em prol do desenvolvimento do setor, principalmente em período tão desafiador como o da pandemia. “Temos intenção de aproximar o poder público para trabalharmos juntos e fazer parcerias com escolas de nível infantil com o objetivo de resgatar a cultura musical na cidade”.



negócios

Divulgação/fizkes

Demanda por crédito nos pequenos negócios

dobra em 2020

Pesquisa anual realizada pelo Sebrae mostra que busca por empréstimo bancários entre os pequenos passou de18% para 38%, nos últimos seis meses

A

pesar das dificuldades enfrentadas nos últimos meses pelos donos de pequenos negócios, o ano de 2020 foi marcado pela expansão do crédito bancário para as micro e pequenas empresas brasileiras. É o que mostra a 8ª edição da Pesquisa “Financiamento dos Pequenos Negócios no Brasil”, produzida pelo Sebrae, entre os dias entre os dias 14 de setembro e 11 de novembro 40 ACIF em Revista www.acifranca.com.br

deste ano. O levantamento anual, feito desde 2013, identificou também que no segundo trimestre de 2020, período mais difícil da pandemia, aumentou em 35% o volume de crédito concedido pelos bancos, comparado ao II trimestre de 2019. O volume de crédito concedido passou de R$ 65 bilhões no segundo trimestre de 2019 para R$ 87 bilhões, no mesmo período de 2020. No entanto, esse aumento no

total de crédito concedido não foi acompanhando pelo crescimento do número de pequenos negócios tomadores de crédito, que se manteve praticamente estável quando se compara os dois períodos mencionados. “Observamos que não houve um aumento no número total de pequenos negócios tomadores de crédito, mas houve um crescimento considerável no volume de crédito e um recorde de


79% na proporção de empréstimos tomados como Pessoa Jurídica. Sob influência da pandemia houve, por um lado, uma mobilização do governo para oferecer programas de crédito emergenciais e, por outro, a necessidade de crédito por parte dos empresários diante de crise profunda”, explicou o presidente do Sebrae, Carlos Melles. O estudo feito pelo Sebrae pelo oitavo ano consecutivo colheu informações de 1.201 empresários de todos os 26 estados e do DF, sendo 661 donos de microempresas; 234, de empresas de pequenos e 306 microempreendedores individuais (MEI). A pesquisa também foi complementada por análises feitas a partir de dados fornecidos pelo Banco Central. Dessa forma, o Sebrae identificou também que, entre os ramos dos pequenos negócios, a expansão do volume do crédito foi concentrada nas Empresas de Pequeno Porte (EPP), que ficaram com 83% das novas concessões, contra 12% das microempresas e 5% no caso dos microempreendedores individuais (MEI). Já o número total de Pequenos Negócios tomadores de empréstimo bancário cresceu apenas 1%, no mesmo período de comparação. “Os dados indicam que, neste contexto, as empresas que conseguiram crédito já possuíam um relacionamento bancário e foram favorecidas por uma boa organização financeira”, destacou Melles.

timo novo em bancos por parte de donos de empreendimentos de pequeno porte. Enquanto em 2019, 18% dos empresários tentou obter um crédito, em 2020, esse percentual foi de 38%, sendo que os recursos foram utilizados principalmente para capital de giro. Entre os novos empréstimos ou financiamentos tomados, 55% foram feitos por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), lançado pelo Governo Federal para responder aos fortes impactos da crise sobre os pequenos negócios. Os relatos de dificuldades dos empresários junto aos bancos também caíram expressivamente, principalmente sobre as taxas de juros (de 44% para 18%) e exigência de garantias (de 20% para 11%). De acordo com o estudo, essa queda é sobretudo é reflexo do Pronampe e da disponibilização de novas linhas de crédito com garantias do Sebrae, via Fampe (Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas), entre outros fundos garantidores. Mesmo com uma melhora no cenário de crédito bancário neste ano, o estudo do Sebrae também mostra que um dos principais desafios para 2021 ainda é a redu-

ção da burocracia, considerada um fator importante para facilitar a aquisição de empréstimo. O trabalho mostra ainda que as demais formas de financiamento, não bancários, “comuns” entre os Pequenos Negócios, como negociar prazo com fornecedores, passar cheque pré-datado e usar recursos de amigos e parentes, também foram bem menos utilizados em 2020, se comparado a todos os demais anos em que a pesquisa foi realizada. A pesquisa também mostrou que muitos empresários ainda desconhecem algumas alternativas existentes para ajudar na manutenção dos negócios. É o caso da Empresa Simples de Crédito (ESC), que é desconhecida pela grande maioria dos empresários (91%), bem como a possibilidade de empréstimos em instituições financeiras por meio de canais digitais. Neste caso, apenas 12% dos empresários afirmaram que já solicitaram empréstimo por meio da Internet, seja pelo site do banco ou aplicativo. Por outro lado, 57% disseram que sabiam da existência da possibilidade de empréstimo via maquininha de cartão, mas apenas 2% já solicitou essa modalidade de crédito.

Dificuldades diminuíram, mas continuam elevadas O levantamento anual do Sebrae apontou ainda que, apesar dos obstáculos históricos para o acesso ao financiamento dos negócios, o ano de 2020 apresentou uma queda no nível de dificuldade na obtenção de empréstimos bancários, segundo avaliação dos próprios empresários. Em 2019, 69% dos Pequenos Negócios encontrou dificuldade, em 2020, 63% encontrou dificuldade. Outro dado revelado pelo Sebrae foi que, nos últimos seis meses, mais que dobrou a demanda por emprés-

Divulgação/Rido Fevereiro 2021

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negócios internacionais

MNBB Studio/Divulgação

DNI-ACIF oferece certificado de origem para ajudar ‘pequenos’ a exportarem Serviço de emissão do certificado acontece por meio de parceria com a FACESP

O

acesso às oportunidades da globalização mostra-se cada vez mais acessível e importante ao desenvolvimento global. Neste momento de pandemia, a globalização não se mostrou importante apenas na troca de experiências entre os governos dos países. Pequenos e médios empreendedores agora têm na exportação um forte aliado neste processo de recuperação econômica. São inúmeras as oportunidades de internacionalização frente à desvalorização de nossa moeda, manutenção de relacionamento comercial entre Brasil e demais países e a busca através de potenciais parceiros comerciais para o desenvolvimento de produtos e serviços brasileiros. 42 ACIF em Revista www.acifranca.com.br

Pensando nisso, o DNI-ACIF (Departamento de Negócios Internacionais) começou a oferecer o serviço de emissão de certificado de origem exclusivamente para seus associados através da parceria estabelecida com a FACESP, com condições diferenciadas. O certificado de origem atesta a origem da mercadoria do país exportador, bem como especifica as normas de origem negociadas nos acordos comerciais entre o Brasil e outros países. Seu principal benefício é a redução ou a isenção do imposto de importação para seus clientes no exterior. Dessa forma, empresas exportadoras brasileiras são beneficiadas, gerando ganhos em competitividade no preço final do produto.


notas

DNI-ACIF apoia empresários no uso de serviços do Ministério das Relações Exteriores O Governo Federal através de 104 consulados e embaixadas espalhados pelo mundo dispõe do serviço de apoio comercial por meio dos SECOMs (Setores de Promoção Comercial). Os SECOMs fazem parte do Ministério das Relações Exteriores e fornecem assistência para empresas estrangeiras que desejam investir no Brasil ou importar produtos ou serviços brasileiros. Eles também reúnem e divulgam, para o empresariado nacional, informações sobre negócios e oportunidades de investimento em sua região de atuação. A equipe brasileira disponível em cada um dos escritórios presta todo

o apoio necessário para fomentar os negócios entre o Brasil e seus países alvos, auxiliando nas exportações, elaboração ou contratação de pesquisa de mercado e produtos, análises de competitividade e de concorrência, apoio a entidades públicas e privadas na participação em feiras, em missões empresariais e em outros eventos de interesse para a promoção comercial, além da divulgação de feiras comerciais e outros eventos. Para mais informações sobre como acessar esse serviço, o empresário pode entrar em contato com o DNI-ACIF pelo telefone (16) 9 8181-3534 que fornecerá todo o suporte necessário.

Ron Adar/Divulgação

Como o novo presidente americano e sua gestão podem influenciar na economia local? Por Carlo Barbieri - Presidente do Grupo Oxford Joe Biden entra no governo alterando a regra básica do comercio exterior americano, na era Trump. O novo presidente é um globalista enquanto Trump era favorável a acordos bilaterais. A característica do Globalismo é a busca de acordos amplos em torno de interesses globais, ou pelo menos regionais. Como consequência temos acordos mais demorados em serem obtidos e de maior dificuldade de implementação devido as aprovações individuais de cada país. Em termos práticos, no que diz respeito ao Brasil, deveremos ter um atraso no acordo de livre comercio, que estava sendo costurado, mas não o seu fim, pois o acordo interessa mais aos EUA do que ao Brasil. Com relação aos impactos nos polos calçadistas, é fundamental que os fabricantes se preparem para uma nova realidade, não apenas do Biden, mas do mundo

comercial em si. Não teremos mais, por enquanto, grandes feiras físicas, presenciais. Os USA deverão seguir criando dificuldades para a viagem de brasileiros e de outros países ao seu país. Os empresários precisam estar preparados para esta nova realidade, conhecendo exaustivamente o mercado, a cultura dos compradores, os nichos de mercado, tendo uma comunicação efetiva e constante com o mercado. Aproveitar a economia dos eventos presenciais para investimento em conhecimento, traçando estratégias eficazes, com foco no resultado é uma ação inteligente e fundamental, ainda sabendo que a posição do novo governo é de reaproximação com a Europa e Ásia, onde estão os principais concorrentes, em suas diversas categorias, e que serão beneficiados desta reaproximação. Fevereiro 2021

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fique

por

dentro

IMPOSTÔMETRO Veja quanto já pagamos de impostos entre os dias 01 e 26 de janeiro de 2021. Para ver o impostômetro em tempo real acesse: impostometro.com.br

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Federal: Esse dinheiro você poderia comprar 299 mil apartamentos com 3 quartos, 1 suíte, 2 garagens, 114 metros quadrados, no Centro de Garulhos SP.

Estadual: A arrecadação de SP representa: 35,6% do total de arrecação do Brasil.

Municipal: Com esse dinheiro daria para comprar 52 carros Renault Kwid Life 1.0 no valor de 34.990 cada.

AJUDE A COMBATER O NOVO CORONAVÍRUS DEVER DO CONSUMIDOR

DEVER DO ESTABELECIMENTO

Use máscara de proteção ao sair de casa

Use sempre a máscara de proteção e troque-a durante o expediente por uma higienizada

Passe álcool em gel nas mãos

Limpar mesas e balcões

Mantenha distância segura de 2 metros entre as pessoas

Higienize as máquinas de cartões, teclado, mouse e demais objetos de manuseio

Evite aglomerações

Higienize as mãos antes e depois de tocar qualquer superfície ou objeto

Prepare uma lista do que precisa comprar e evite circulação excessiva

Organize o fluxo interno ou externo de seu estabelecimento

Evite adereços como anéis e correntinhas e prenda o cabelo

Nas filas externas o solo deverá ser demarcado mantendo o distanciamento de 2 metros

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de OLHO no DINHEIRO Tabela de Imposto de Renda (IRRF) - 01/01/2020 a 31/12/2020 Base de Cálculo (em R$)

Alíquota (%)

Até R$ 1.903,98 De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65 De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 Acima de R$ 4.664,68

Sejam b e m -v i n d o s

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Parcela a deduzir do IR (em R$)

Isento 7,5 15 22,5 27,5

142,8 354,8 636,13 869,36

Salário Mínimo - Janeiro/2021 Mensais R$ 1.100,00

Diário

Hora

R$ 44,00

R$ 7,64

Fazem parte desta lista empresas que chegaram à Entidade entre 18 de dezembro de 2020 e 25 de janeiro de 202. Salário Família - 2021 Remuneração Mensal

- A S Decor Madeira Criativa - Abner Comércio de Baterias

- Kimuk Esporte Salários Normativos do Comércio Varejista - 2019

- Luciana Borges

Categorias

Quintanilha - MB Assessoria Contábil

- Alley Surf

e Empresarial

- Basic Shop

- Morada do Pet

- Bonna Chips

- N N Leopoldino Eireli

- Calçados Masson

- Partner Consultoria e

- Cézar Lopes de Castro - Comercial ISR - DM Clothing - Elisa Magazine - Empório Sabores do Interior - Funny Kids - GR Linguiças Caseira e Cia - Grafica União

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R$ 48,62

Administração - Quality Car Automotive - Raquel Eliane Penha - Sacra Malte Cervejaria - Safra Alta - Stylo Agropecuária e Distribuidora - Stylo Agropecuária e Distribuidora - Visdonn

Piso Salarial de Ingresso Empregados em Geral Caixa Faxineiro e Copeiro Office Boy e Empacotador Garantia Comissionista

Geral

ME

EPP

R$1.462,00 R$ 1.571,00 R$ 1.291,00 R$ 1.073,00 R$ 1.716,00

R$ 1.195,00 R$ 1.345,00 R$ 1.461,00 R$ 1.201,00 R$ 1.073,00 R$1.571,00

R$ 1.259,00 R$ 1.404,00 R$ 1.510,00 R$ 1.237,00 R$ 1.073,00 R$1.649,00

SALÁRIO REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO R$ 1.163,55 (um mil cento e sessenta e três reais e cinquenta e cinco centavos) - Trabalhadores domésticos, serventes, trabalhadores agropecuários e florestais, pescadores, contínuos, mensageiros e trabalhadores de serviços de limpeza e conservação, trabalhadores de serviços de manutenção de áreas verdes e de logradouros públicos, auxiliares de serviços gerais de escritório, empregados não-especializados do comércio, da indústria e de serviços administrativos, cumins, “barboys”, lavadeiros, ascensoristas, “motoboys”, trabalhadores de movimentação e manipulação de mercadorias e materiais e trabalhadores não-especializados de minas e pedreiras; operadores de máquinas e implementos agrícolas e florestais, de máquinas da construção civil, de mineração e de cortar e lavrar madeira, classificadores de correspondência e carteiros, tintureiros, barbeiros, cabeleireiros, manicures e pedicures, dedetizadores, vendedores, trabalhadores de costura e estofadores, pedreiros, trabalhadores de preparação de alimentos e bebidas, de fabricação e confecção de papel e papelão, trabalhadores em serviços de proteção e segurança pessoal e patrimonial, trabalhadores de serviços de turismo e hospedagem, garçons, cobradores de transportes

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coletivos, “barmen”, pintores, encanadores, soldadores, chapeadores, montadores de estruturas metálicas, vidreiros e ceramistas, fiandeiros, tecelões, tingidores, trabalhadores de curtimento, joalheiros, ourives, operadores de máquinas de escritório, datilógrafos, digitadores, telefonistas, operadores de telefone e de “telemarketing”, atendentes e comissários de serviços de transporte de passageiros, trabalhadores de redes de energia e de telecomunicações, mestres e contramestres, marceneiros, trabalhadores em usinagem de metais, ajustadores mecânicos, montadores de máquinas, operadores de instalações de processamento químico e supervisores de produção e manutenção industrial; R$ 1.183,33 (um mil cento e oitenta e três reais e trinta e três centavos) - Administradores agropecuários e florestais, trabalhadores de serviços de higiene e saúde, chefes de serviços de transportes e de comunicações, supervisores de compras e de vendas, agentes técnicos em vendas e representantes comerciais, operadores de estação de rádio e de estação de televisão, de equipamentos de sonorização e de projeção cinematográfica e técnicos em eletrônica.

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