Antigamente, ser autônomo era o sonho da maioria dos motoristas que estavam começando na profissão. A sensação de liberdade, de poder decidir a rota, locais de parada e horários eram os principais atrativos para se ter o próprio caminhão. Mas será que ser autônomo ainda vale a pena?

As diversas mudanças ocorridas no setor de transporte através dos anos, levou muitos autônomos a pensarem e até trocarem a suposta liberdade por um emprego com carteira assinada. Afinal, quem trabalha registrado conta com salário fixo todo mês, direitos como 13º salário, férias anuais e plano de saúde, entre outros benefícios. Porém, a jornada de trabalho é determinada pela empresa, o que muitas vezes pode significar cargas horárias puxadas.

Por outro lado, quem opta por ter o seu próprio caminhão pode prestar serviços para uma ou mais empresas sem vínculo empregatício, mas é o responsável pela parte operacional e administrativa do seu negócio. Tem horários flexíveis durante as jornadas diárias; flexibilidade sobre dias e horários de trabalho, de aceitar e recusar cargas, porém, em contrapartida, não conta com salário fixo e tem de arcar com os custos do diesel, pedágio, alimentação e manutenção do caminhão, entre outras obrigações.

Além de todas as taxas, para atuar legalmente como motorista autônomo, e sem vínculo empregatício, o carreteiro tem de atender algumas obrigações fiscais exigidas e conviver com o pagamento de impostos e taxas, tanto municipais quanto federais.

Veja as principais obrigações fiscais dos autônomos

Antes de decidir pela compra de um caminhão e ser dono do seu próprio negócio é importante colocar na ponta do lápis todas as obrigações fiscais, despesas e custos fixos para ver se realmente ainda vale a pena ter o seu próprio caminhão.

Saiba como se tornar motorista de caminhão autônomo

ALÉM  DE  SABER  DIRIGIR

Para quem pensa em ingressar na profissão, antes de decidir entre ter o próprio caminhão ou trabalhar para alguma empresa é importante estar consciente de todas as dificuldades e se preparar para ter sucesso.

Cursos e treinamentos – É importante estar atualizado e realizar cursos que abordem Direção Defensiva, Logística e Atendimento a Clientes.

Negociar – No caso dos motoristas que optam em ter o próprio caminhão, é importante avaliar o valor do frete oferecido. Para isso deve registrar todos os gastos diretos e indiretos de uma viagem para negociar o frete de maneira correta. Entre os itens a serem levados em consideração estão a rota, combustível e alimentação, manutenção e depreciação do veículo. Aceitar qualquer valor pode levar o motorista ter prejuízos.

Descanso – Apesar dos prazos apertados de entrega, o motorista deve descansar. Um bom período de sono após uma jornada de trabalho ajuda a seguir viagem com segurança. Passar noites sem dormir e fazer uso de inibidores de sono (os populares rebites) prejudicam a saúde e aumentam o risco de acidentes. Nos períodos de pausas é importante relaxar, fazer uma caminhada, alongamento, se alimentar e se preparar para retomar a viagem